21 agosto, 2009

Dois ponto zero

Vinte anos de existência para o mundo que já existiria sem mim. E sinto me como se já tivesse vivido tudo, mesmo sem ter vivido praticamente nada ou nada. Sinto-me entorpecido com tudo que a vida me deu e com tudo que consegui de alguma forma por lutar, por méritos ou por pura sorte. Carece de definição. Adoro esta frase que vi no orkut de algumas amigas minhas e sei que para mim hoje ela representa muito. Não me sinto triste, mas não necessariamente muito feliz. Foi meu primeiro aniversário longe dos meus pais, da minha irmã e porque não citar, dos meus queridos amigos. Talvez seja um pouco penoso este afastamento, mas será extremamente necessário para o meu futuro profissional e pessoal. Minha forma cética de racionalizar as coisas ficou mais desenvolvida, mas nem por isso tornei me menos humano. Apenas enxergo com outros olhos o mundo em que vivemos. Minha estadia em terras hélvéticas ainda mostra meu lado sentimental. Todos os dias até o presente momento penso em algo que está a milhares de kilometros do outro lado do oceano. Meus pensamentos de voltar, confundem-se com a vontade de evoluir como profissional e como pessoa. De forma alguma estou menosprezando minha cultura e meus valores adquiridos no Brasil, pois acreditem que um brasileiro só é patriota quando saí do Brasil. Aqui procuro sorrisos de um povo frio e seco. Nós brasileiros (e somos muitos, pelo menos onde me encontro), e latinos porque não, que animamos a linda Genebra. Também busco entender como pessoas que ganham 12000 francos suíços por mês (em torno de 20.000 reais), se suícidam e são completamente infelizes. Encontro a resposta neles mesmos, que têm carros, casas nos alpes, mansões... Eles não tem com quem compartilhar todos estes imóveis e nem mesmo o dom de trazer a felicidade para eles. Se isolam. Encontrando tal resposta encontro um grande pedaço (que ainda não é todo) de um significado de uma única palavra: Amizade. E hoje de manhã simplesmente ao ler belas palavras de felicitações e sentimentos “saudosistas” de algumas pessoas fiquei feliz, e lembrei que amigos, mesmo que não possamos vê-los ou tocá-los, estarão sempre lá desejando o melhor pra você. Agradeço a todos que lembraram, aos que me fizeram chorar com belas palavras, aos que ligaram, aos que apenas disseram parabéns. Obrigado.

2 comentários:

Aline Alves disse...

Ai ai, Douglas!
Tua presença era feliz por aqui, mas eu fico mais feliz ainda por tu tá bem por essas bandas suíças.
É lindo ver a tua admiração e empolgação! Que bom, que bom!

Beijo bem brasileiro e cheio de saudades!

Aline Alves disse...

"LAAAAAAAAANE, FALTA DOOOOUG!"
:~