São exatamente 6:49 da manhã do dia 19/05/09. Eu não entendo o por que ou até mesmo se há uma explicação racional para eu estar acordado e digitando estas palavras. Talvez não haja motivos ou razões para tal fato apenas há emoção. Acordei a princípio com frio e mesmo com os dois lençóis não consegui pegar o embalo de um sono novamente. Talvez por que ontem meu emocional tenha sido abalado novamente. Talvez por que hoje eu compre ou agende a data do meu embarque para Genebra. Ou simplesmente por perder o sono e ir ver como é a vida de quem acorda as 5:00. Estranho primeiramente o silêncio às vezes quebrado por galos cantando, junto a pássaros e as vezes som de pombos voando pra se proteger da chuva. Não precisei nem olhar a janela pra perceber o quanto de vida já há as 5 horas da matina. Tomei coragem e levantei com os olhos mais uma vez cheios de lágrimas ao acordar. Acho feio chorar na frente dos outros por que pra mim é um sinal de fraqueza. Choro só. Fui ao banheiro olhei meu rosto inchado e com os olhos vermelhos característicos de quem acabara de chorar. Lavei meu rosto e fui deitar no sofá. Estranho que minha gata também estranhando o fato de me ver de pé aquela hora da manhã foi ao meu encontro, deitou ao meu lado a princípio sem interesse de chupar o dedo (Mania que ela tem, pois ela foi tirada do peito). Fiz carinho enquanto ela me olhava e depois ela virou de costas e ainda fazendo carinho percebi que ela “ronronava”. Dei um leve sorriso. Voltei ao quarto para pegar um lençol e me cobrir. Não estou acostumado com a temperatura desta hora da manhã. Cobri-me e tentei cochilar, mas uma espécie de saudade futura começou a me assolar. Lembrei de algumas pessoas que estão diariamente ao meu redor. De como essas pessoas talvez nem saibam o quão importante elas são. Pensei desde a primeira pessoa do ônibus que me leva a Nazaré até ao meu “irmão” que também vai neste busão. Pensava “nela” também. Lágrimas voltaram a rolar sobre o meu rosto. Pensando que por um mês terei que curtir essas pessoas intensamente. Que quero ter lembranças mais que eternas delas. Por exemplo, as lembranças das tagarelices legais, de Clarissa que chamava de animadora da parada, mas que dormia logo que sentava no busão, de Sérgio o presidente da oposição que aprendi a respeitar com o tempo. O quase sério e as vezes confuso e sempre apaixonado Josemir. Como os sorrisos de Flávia e Suzaninha que mal falo no busão, mas que ganhava ao embarcar no coletivo. Como a cara de poucos amigos de Ben Hur que deve ser legal, mas nunca trocamos uma idéia. A cara fechada de Késia que sempre esconde o belo sorriso que ela tem. O primeiro aperto de mão que ofereço ao entrar no busão ao meu amigo Osvaldo, vulgo Timbalada. Lembro também de acenar de leve a com a mão para Érika e Leonaria. Está última pegava o busão na mesma parada que eu, mas mudou-se neste meu último mês.Tinha Lane sempre nos cobrando independente do dia. Do primeiro sorriso de morder as orelhas, que era retribuído igualmente por Lívia e Mirelle. Do “gato selvagem” de Pri a me ver com ansiedade para ver Clarissa também. Do belo sorriso recebido em troca do carinho na cabeça que dava
20 junho, 2009
Crônica do Fontes
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