Levantou-se. Precisando ir ao banheiro. E lá estavam num
desses restaurantes do tipo fast-food. E foi rápido. Não queria a distância.
Nem por um segundo. Nem por um milésimo. Na saída do banheiro viu inúmeras
mulheres. Algumas belas, na sua maioria eram loiras, dessas de farmácia. Todas
tão iguais, tão vestidas, e tão vazias. Não saberia dizer se realmente eram
vazias. Ele simplesmente as ignorou e continuou seu caminho enquanto a
observava comer. Ninguém come esses tipos de comida de forma graciosa. Mas para
ele, ela conseguia, e o fazia... parecia brincar com as batatas fritas e o
ketchup. Sentada, com as pernas cruzadas, balançando um pouco as sapatilhas
amarelas. E chegou... e sentou. E a contemplou. Pensava em adjetivos. Um
adjetivo pra ela, e um adjetivo para a sensação que ele sentia. E pensou... Ela
comentou que um cara que sentava atrás dela na mesa falara outra língua. Isso o
ajudou a pensar em outros adjetivos. Agora em outras línguas... Nenhum se
aplicava. Poderia ser déranger (atrapalhar,perturbar), no
entanto era verbo. Poderia ser Fulfillment (preenchimento), porém
era substantivo. E pensou que ela por si só era um adjetivo... Ela então
graciosamente pediu: “Para de me encarar!”
que foi respondido com um “Estou te admirando...”... Ele só queria dizer
que ela estava tão ela... ela virara um adjetivo.
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